sábado, 5 de dezembro de 2009

Nos vemos no inferno

Seu bigode distorce as imagens diante do nariz. Gigante medíocre, o grande W. maquia-se de mártir e pinga algumas lágrimas a cada copo de gim. Quem acreditaria?

Seu sangue doente faz da extensão das suas veias humilhados escravos. Sem outra alternativa, mergulhados na crença dos laços, correm como ratos atrás dos rastros do chinelo de pano, lambendo a poeira, aspirando as cinzas, agradecendo por permitir-lhes dois rins sadios. O mestre se recolhe em sua jaula, cadeado em mãos, filetes de gelo arremessados aqui e ali. Estava entre os seus poderes. Quem duvidaria?

Seu palácio cercado de ouro cheira à merda. Entre as baforadas, cria novos venenos e puxa tudo para o rosa, sem lembrar que o sol entra quando bem quer entregando todo o jogo. Enquanto o gênio aguarda interessados em publicar sua obra, desliga-se da lógica e desenha o futuro do universo. É dele a posição das peças, é com ele que se guarda a chave. Peça permissão, mas não seja escuro, não tenha ideias, e logo lhe será estendido o mundo.

Aguardo seus restos de pele que apodrecem recusados pelos urubus.